domingo, 31 de julho de 2011

Luto - sempre é cedo.

      Acabei de voltar de Fortaleza, onde fui me despedir da minha avó. Eu sei que ela estava sofrendo, que ela não merecia passar por outras dores, que ela precisava descansar, mas sempre esperamos mais um dia, mais uma conversa, mais um sorriso. Esperava outra oportunidade para demonstrar o amor, a gratidão, o reconhecimento, o respeito. Resta acreditar que tenha ficado tudo demonstrado no tempo em que convivemos. E foi um tempo maravilhoso.

     Agora, acredito que minha avó está em um lindo lugar, perto do grande amor da sua vida. O exemplo desse amor permanecerá, assim como as lembranças de todas as nossas conversas, de todos os seus ensinamentos, da força, da luta, do carinho, da dedicação.

    São tantas coisas que partem junto com minha avó. Entretanto, realçaram em minha memória aquelas conversas sussurradas, quando confidências da vida comum era feitas a uma neta distante, morando longe.

    Minha avó formou com meu avô o casal mais lindo que já vi. O quanto ela me contou desse amor. Tantos conselhos preciosos.

    De tudo, fica a prova que vale mesmo a pena tamanha dedicação à família e aos amigos. Vi uma pessoa chorar pela despedida de uma amizade de mais de 50 anos.

    Eu só posso dizer na nossa despedida: meus eternos agradecimentos, fique em paz.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Fim de férias

Hoje voltei a trabalhar. Depois de uns dias em casa, curtindo os filhotes, longe do computador, volto revigorada. Claro que com uma pontinha de tristeza por deixar meus filhotes, mas é a vida. Feliz, por alguns acontecimentos:

Eduardo nadando (hoje a noite postarei o vídeo)
Eduardo usou o canudo pela primeira vez (antes não aceitava nem pôr na boca)
Luísa tagarela e esperta.
Amiga grávida.

Saudades daqui.
Beijos

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Santa de casa faz milagre sim...

     Eduardo está cada vez mais atento. Agora anda e olha para as crianças na idade dele. E interage muito com Luísa. Agora ela quer andar segurando a mão dele. No início ele não aceitava, mas agora até dá segura na mão dela por alguns momentos. E vai sorrindo. Parece que Luísa é tão insistente no carinho pelo irmão que vai conseguir. Santa de casa faz milagre sim.

       Por falar em sorrisos, Eduardo está cada vez mais sorridente. Está demonstrando ser sim uma criança feliz. Isso é tudo que me importa. Claro que ainda sonho com o dia que ele vai falar, principalmente quando observo minha filha Luísa tão tagarela. Sei que vou ouvir meu filho conversando também, em algum tempo. 

     Eduardo é sério, mas é sorriu bem cedo e tem a gargalhada mais linda do mundo.

Aqui ele ainda era um bebê, sorrindo para a mamãe, vejam.


Aqui, gargalhando, lindão.


E hoje ele sorri tanto, brincando com a gente, correndo. Eu não poderia ser mais feliz, vendo meu filho evoluir, correr, brincar e olhar com seus lindos olhos para mim querendo brincar.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Pequenas conquistas, grandes alegrias

Ontem pela primeira vez Eduardo entregou o brinquedo que eu pedi. Ele estava tentando levar o objeto à boca e eu brincando, ensinando a pedir: Dá, Eduardo. Você pode pedir, dá.
E ele olhou pra mim, riu e entregou. Não correu como sempre. E ficou olhando e esperando os parabéns...rsssssssss.
Ganhou parabéns e muito cheiro.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Hidroterapia

   Sem dúvida, a terapia que Eduardo mais gosta é a hidroterapia. Quando chegamos na Cliner, ele vai direto para o rumo da piscina. Interessante é que, como ele gosta da hidroterapia, a relação com esses terapeutas é ótima.

   Mas o melhor foi assistir ao meu filho dentro da água, quantas evoluções. Ele espera o comando do professor, prende a respiração e mergulha. O professor solta e ele sai batendo os bracinhos e se movimenta na água. Um peixinho. Nada uma distância que outras crianças maiores do que ele e há mais tempo não conseguem. Já me imagino gritando nas competições em que meu já campeão participará.

   Está cada vez mais claro dentro de mim que a nossa postura diante da vida faz toda a diferença. Assim, vou deixando de olhar para as dificuldades, para os anseios, para o medo do futuro, e foco na felicidade do meu filho, nas conquistas, no amor que sinto por ele, no seu sorriso lindo, na forma como ele nos olha quando deseja algo, em sua gargalhada e em como ele corre para pegar na mão de quem está saindo de casa (para não correr o mínimo risco de ficar). Então, como ele gosta de passear, importante pra mim é sair com ele, pelo shopping, pela rua, conhecendo os lugares.

   Pela primeira vez ele parou para olhar um cachorro na rua. Sempre que eu mostrava um cachorro, ele virava o rosto. Sábado, passando por uma petshop, Eduardo prendeu o olhar por alguns segundos em um filhote de cachorro que estava na vitrine da loja, o suficiente para que eu vibrasse e enchesse meu pequeno de beijos. Aliás, beijo lá por casa não falta. Deve até cansar.

     Por falar nisso, beijos em todos que passam por aqui. Eu adoro os comentários, que matam minha curiosidade de saber quem acompanha nossa história e nosso amor. 


      

   

Coisas de Luísa

     Luísa está dando muito trabalho para comer. Ela pede biscoito e pão, mas frutas e comida no almoço e jantar está sendo bem difícil.

     Ontem a avó estava conversando que ela precisava comer e ela com a mãozinha na boca, falando NÃÃÃOOOO. No meio da conversa ela levantou e disse: vovó, comer não, vou para o castigo.

     Ficamos olhando e ela foi andando para o cantinho do pensamento e ficou lá. E eu fiquei também pensando, como a menina prefere o castigo a comer?

     Mas, ela está bem esperta, falante, uma tagarela, conversando, cantando e mandando no irmão. Eduardo põe muito os objetos na boca e ela vai lá, toda autoritária e diz: na boca NÃÃÃOOOO José Eduardo.

     Esses dias ela viu uma blusa que a tia dela usou quando veio passar o feriado e disse: Ah! mamãe, a roupa da tidéa. Tidéa foi embora pra Fortaleza. Beijo..rs

     Sem contar os abraços em Eduardo. Ele de vez em quando é surpreendido com sua delicada irmã e seus abraços, sendo sempre derrubado, caindo os dois no chão. Quando caem, ela continua em cima dele. Falo que parece uma luta e ela está imobilizando o irmão.

     A última, ela agora chama todos pelo nome. Mamãe Alessandra, Vovó Maria, papai Lamartine e irmão José Eduardo. Essa noite acordou gritando: mamãe Alessandra, Vovó Maria, vem cááááá.

    Cada dia mais linda e mais esperta,

domingo, 10 de julho de 2011

Devoção

       Minha irmã Andréa e seu marido Marcus passaram o último feriado conosco. Marcus, primeiro eu gostava de você por fazer a minha irmã feliz. Hoje gosto de você não apenas como meu cunhado, você faz parte da minha família, meu amigo, o tio Marcusssss como fala minha filha com a boca cheia.

    De presente, Marcus me deu o livro DEVOÇÃO, de Dicky Hoyt e Don Yaeger, que mostra a dedicação de um pai ao seu filho, que nasceu com paralisia cerebral. Quando Rick nasceu, disseram que os pais deixassem aquela criança deficiente em uma instituição especializada e tocassem a vida, esquecendo daquele filho que, segundo a opinião médica, não passaria nunca de um vegetal. Chocados, os pais não aceitaram aquela situação e cuidaram do seu filho, com muito amor, fazendo algo simples, tratando Rick como os outros filhos, como uma criança normal, tentando dar a ele todas as oportunidades. Depois, com toda dedicação e amor, conseguiram que o filho se comunicasse e estudasse. A criança que ficaria em uma instituição para ser cuidado como um vegetal, chegou bem longe. O pai, no único intuito de fazer o filho feliz, percebeu que ele gostava muito de participar de corridas sendo empurrado na cadeira de rodas, e, juntos, começaram a participar de corridas de rua. Dos primeiros 8 km, passaram para maratonas, triatlos e até ironman. Ele não mediu esforços, eles fizeram o impossível. O pai nunca aceitou participar de nenhuma competição sozinho. Dizia que eram uma equipe e que só seria capaz de competir com seu filho.

      O livro traz a mensagem que o filho foi tratado como uma pessoa igual a qualquer outra, mas que quem foi salvo foi o pai. Ele aprendeu, ele lutou, ele conseguiu tudo pelo filho. Sem esse filho, não conheceria o prazer de poder.

    Lindo. Um homem que soube reconhecer uma benção. Terminei o livro em um dia que soube de uma mulher que fala que foi castigada por Deus com um filho deficiente. Ah! Ai daquele que não consegue discernir entre castigos e presentes.
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