Eu lembro do tempo que meu maior medo era que Dudu tivesse convulsões. Eu pensava que, se ele ainda não tinha tido, aos 3 anos, poderia sim nunca passar por isso.
Infelizmente, não foi assim.
Dudu teve a primeira convulsão aos 3 anos e 4 meses. Uma convulsão parcial, apenas de um lado do cérebro, o que não causa os espasmos generalizados mas desliga a criança por alguns minutos. Foi difícil mas, com os medicamentos, conseguimos controlar por alguns meses. Em 03 de abril, dias antes do aniversário deles, outra convulsão. Como o exame da substância do medicamento foi considerado normal, a médica decidiu por manter a dose.
Novamente, no dia 17/05, outra convulsão. Dessa vez mudamos os horários dos medicamentos.
E eu fico assim, sabendo que não há muito o que fazer, rezando para que esses episódios de convulsões sejam controlados;
Eu fico assim, morrendo de medo, com o coração na boca cada vez que o telefone toca.
Eu fico assim, assustada, impotente, sem saber se existe algo que está provocando isso. Será que pode ser evitado?
Eu fico assim, esperando uma explicação, esperando uma orientação, sem acreditar que sabemos tão pouco, sem acreditar que mesmo tomando o remédio regularmente, sem faltar um horário, mesmo assim, meu amor passa por isso.
Eu fico assim, amando impotente, amando ansiosa, amando cansada, amando.
E quando chegam os grandes problemas, daqueles que nunca esperamos mas chegam, daqueles que poderiam ser evitados mas não foram, daqueles que você sabe que tem culpa por escolhas anteriores, mas que não merecia, aí o mundo parece pequeno demais.
É preciso parar, perceber que precisamos enfrentar, que existem problemas maiores, menores, mas que é necessário respirar fundo e seguir, encarar situações inevitáveis, por mais que tenhamos tentado fugir.
É preciso acalmar, perceber com muita alegria que existem pessoas maravilhosas, que eu posso contar, mesmo sendo inconveniente, mesmo durante a madrugada.
É preciso acreditar que, pelo menos hoje, o dia terminará bem.
Aqui, quero compartilhar momentos especiais da minha vida com meus filhos amados, Luísa e Eduardo, gêmeos, muito esperados e desejados. Também, do caminho especial de Eduardo, que está com diagnóstico de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e uma suspeita de autismo (traços de autismo ou autismo secundário). De Luísa, tão pequena e tão ligada ao irmão, já ajudando tanto no seu desenvolvimento. Meu desejo maior: que eles sejam felizes. Filhos, mamãe esperou a vida inteira por vocês.
terça-feira, 21 de maio de 2013
Hoje eu só quero que o dia termine bem....
Postado por
Anônimo
às
08:49
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Comportamento,
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Um comentário:
Oiie Alê, quanto tempo..quero saber do Dudu e de Luisa, se estão bem.
Saudade do meu principe..rs
Da um bjo na Vó na Luisa e no Dudu ♥
tia Naty:*
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