quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Coisa de Luísa

Minha pequena está muito tagarela, fala e canta, da hora que acorda até quando está tentando dormir a noite. Esperta demais.

Esses dias eu vesti um vestido preto e ela logo falou: tá tão bonita, mamãe...rs

Está comendo muito pouco. Tudo que oferecemos ela repete uma frase, como se aquilo fosse um ponto final, não me perguntem mais. Aí fica assim: Luísa, quer um franguinho? Ela responde: Não, muito obrigada.

Com esse clima seco, estamos todos resfriados lá em casa. Ela vendo aquela medição de febre nela e no irmão várias vezes ao dia, essa noite pegou no braço da avó e disse: eita, vovó, você está com febre. Vou pegar o tomômomo.

Foi para a sala e me chamou: mamãe, pegue o tomomomo.

Eu, que não tinha ouvido a primeira parte da história, fiquei sem entender e pedi pra ela me explicar de outra forma. Ela me puxou pela mão, apontou para o lugar onde fica guardado o termômetro e repetiu.

Eu falei: Você quer o termômetro pra que?

Ela, com as mãos na cintura e um ar meio impaciente: mamãe, a vovó está com muita febre.

kkkkkk. Ela quer cuidar de todos.

Ainda, quando Eduardo está impaciente e grita, ela põe as mãos na cintura e diz: Tenha calma Eduardo.

Mas, ela está batendo muito no irmão. Sei que é natural para a idade, mas aproveitamos essa fase para esclarecer alguns pontos. Luísa bate no irmão quando quer algo que ele tem, quando ele recebe carinho nosso, quando ele está em um lugar que ela quer, quando ela tem raiva por qualquer coisa, independente dele ter feito algo, e quando a gente dá bronca nela. Ou seja, tudo é motivo para que ela bata no irmão.

Na conversa com ela, vou falando nos valores da nossa família, que não vale a pena conseguir as coisas pela força física, que as pessoas devem ser respeitadas, todas, pelo total conceito de que são pessoas. Que devemos sempre contribuir para que o amor e o respeito sejam nossos guias pelos caminhos da vida. Que eles vieram juntos, ao mesmo tempo, na barriga da mamãe. Então, como gêmeos, que eles estão juntos desde o primeiro momento. Que desejo que eles se amem muito e cumpram sua missão por aqui.

Claro que isso vou falando na linguagem que eu acredito apropriada para a idade dela. Aí, na conversa, quando eu explicava que todas as pessoas eram iguais, ela me vem com: eu sei, mamãe, papai, irmão, vovó, vovô, tia déa, tio marcus, todo mundo, todo mundo (rsrsrs).

É, parece que a idéia de todo mundo ela entende bem...

O que vou consolidando no meu aprendizado como mãe é que, quando falamos com amor, os corações entendem, mesmo que batam há pouco tempo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ale, situação difícil da Lu batendo no Eduardo.. mas tente usar outro argumento tb.. Coloca pra ela a situação inversa perguntando se ela gosta quando alguém bate nela.. provavelmente a resposta dela vai ser não.. então vc mostra pra ela que ele e ninguém gosta, que todos gostam de carinho.. com isso vc vai fazer ela refletir sobre a situação. A Camila estava batendo em mim.. algumas vezes cheguei a falar bem sério com ela.. mas percebi que mudando a minha quando ela me batia mais resultado.. ela me batia e eu abaixava e fazia carinho, e sempre dizia que era isso que eu gostava.. hoje quando ela ameaça me bater, eu já aviso que isso não e ela nem prossegue com o gesto.. e sempre acaba me abraçando.. rsrs. é lindo, né!!!

Outra questão.. a Camila tb estava fazendo isso, querendo bater a cabeça na parede, no sofá, no chão.. onde tivesse mais perto.. então comecei a falar com ela para não fazer isso, pedia calma e perguntava o que estava acontecendo, o que ela queria e sempre falava do carinho, que ela não precisava fazer daquele jeito pq eu estava ali para tentar entender o que ela queria..
Sabia que ela reagia desse jeito pq não estava sabendo lidar com a frustração... e hoje ela não faz mais isso.. mas não foi fácil lidar com a situação..

Espero que logo vc tenha um resultado com os 2 nessas situações..

Estou sentindo falta de vc lá no fórum..

bjs
Sandra

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