quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Retorno

O MUNDO É BOM, O MUNDO É SEU EDUARDO.. LUÍSA... QUEM MAIS QUISER.

        As terapeutas de Eduardo estão encantadas com seu desenvolvimento nesse período longe das terapias. Em dois meses de férias, ele voltou ótimo, mais carinhoso, atento e desenvolvido. O melhor é que ele voltou muito bem quando havia uma grande possibilidade de regressão. Não, não o meu amor, não com tantas pessoas dedicadas por perto, nossos anjos aqui na terra. 

Ai, que esse meu pequeno só me dá orgulho.

          Hoje eu conversei na escola com uma mãe especial, cujo filho também apresenta um atraso em seu desenvolvimento, sem diagnóstico. Exatamente como no meu caso, percebi que são muitas dificuldades, inseguranças, dúvidas e amor, um amor tão grande que supera todos os medos e nos leva à luta, salta aos olhos, contagia.

          Voltei emocionada. Cada história é única em conteúdo e superação. Pensei no quanto sofremos por situações que poderiam ser evitadas. A condição especial existe, mas muito mais importante (pelo menos deveria ser) é que ali existe uma criança, uma família, que poderia ser poupada da insensibilidade de algumas pessoas, inclusive profissionais que deveriam estar preparados para lidar com o diferente, para nos introduzir em uma nova realidade. Claro, sensibilidade, tato e bom senso não é para todos - que pena.

        Com tudo isso, desejo que Luísa e Eduardo vivam, no futuro, em um mundo melhor do que este (parece que é desejo de todos os pais, desde sempre), que ninguém passe por situações difíceis pelo simples fato de ser quem é. Desejo que cultivem boas relações, que conquistem bons amigos, que para isso não haja nenhuma condição, que conheçam pessoas e possam conviver com elas na medida do grau de afinidade que desenvolvam, da admiração que construam, do sentimento único e inexplicável que existe quando encontramos esses que nos acompanham como amigos, não importando mais nada além do que elas carregam em sua alma, não importando as diferenças. Que compreendam algo tão simples: o diferente sempre existe, o que não existe é o igual. Só assim viveremos a verdadeira inclusão, palavra esta que, um dia, talvez não precise ser usada, talvez não, quem sabe, no tempo em que nos importaremos apenas com os sentimentos que aquela pessoa traz na alma, além do que se vê.

Um comentário:

Daniela Laidens disse...

Dei uma passada por aqui e li teus novos textos! Amei... lindos como sempre!

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