sexta-feira, 29 de abril de 2011

Em busca de outras opiniões: autismo?

Continuando o relato da nossa história, cheguei em Fortaleza, ainda sem enxergar nada direito diante do diagnóstico de autismo infantil para Eduardo, e recebi o carinho de muitas pessoas importantes na nossa vida. Minha mãe estava muito abalada, mas firme. Minha irmã me mostrou que tenho sempre uma fortaleza ao meu lado, ela. A família de Lamartine (o pai, mais tranquilo do que eu) nos recebeu com o amor de sempre. Ou seja, tivemos apoio total. Como a família é importante, mais ainda nesses momentos. Em conversas com meu pai, um homem que vê as situações com muito discernimento, ele me falou que precisávamos ter calma, agir com cuidado, pois Eduardo era muito novo para um diagnóstico desses. Descobriu uma clínica muito legal em Fortaleza, e lá fomos nós, com os objetivos de conhecer os tratamentos da clínica e conversar. Saímos de lá bem mais tranquilos, pois ouvimos que era realmente muito cedo para fechar um diagnóstico de autismo (ele tinha apenas 1 ano e 8 meses) e que, independente de ser autismo, o caminho certo era estimular Eduardo.
Voltei para Brasília determinada a começar a intervenção terapêutica imediatamente. Sabia que o tempo corria e não era nosso aliado. Procurei outra psicóloga, indicada por uma amiga. A dra. Isabel ressaltou que, na idade dele, não era seguro fechar um diagnóstico; falou que, por isso, não concordava ainda com o diagnóstico de autismo infantil, ela acreditava mais em um autismo secundário (decorrente do atraso no desenvolvimento psicomotor); que o que tínhamos de concreto, era uma criança com atraso no desenvolvimento, que ela nem considerou grave. Mais importante, ela definiu o tratamento.
Aí começamos tudo que ela indicou. Eduardo hoje faz Terapia Ocupacional, acompanhamento com psicóloga e estimulação precoce, todos duas vezes por semana. Também iniciamos uma investigação genética.
Acho que, de tudo, o mais importante foi saber o caminho, o tratamento a seguir. Eu sempre ficava angustiada, sem a certeza de que estava fazendo tudo por ele. Até hoje, todos os exames genéticos deram resultado normal. Ainda há muito a fazer, mas vamos com fé. 
Impressionante ver a mudança no Eduardo depois que começamos os tratamentos. Em menos de 2 meses, ele já interage muito melhor, olha nos olhos da gente e chama pra brincar. Passa a mão no meu rosto com tanto carinho. Isso sempre me emociona. Nosso menino é um guerreiro. Sei que ele precisa superar muito para conquistar cada vitória. Meu amor, mamãe está aqui, aplaudindo, orgulhosa, cada passo seu.

2 comentários:

Unknown disse...

Ale, tô aqui emocionada.. viu!!! Na verdade, chorando mesmo..rs..
Que lindo relato..

Que família guerreira.. logo as coisas vão chegar a seu lugar..
Pelo pouco que conheço do autismo, não acredito que seja..

bjs

Eu? disse...

Oi, Alessandra. Li seu blog e achei a história da sua família muito bonita. Tenho algumas suspeitas com o meu filho e gostaria de conversar com você por e-mail. Por favor, me dê um retorno. Meu e-mail é mamaefabiamor@gmail.com

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